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Encontrando constancia e prazer na ordem Convidada: Ireni Pujol

Eu insisto em pensar que quando se encontra um propósito na vida, você anseia pelas 6:00 horas da manhã de segunda-feira. A nossa veia é marcada por intensidade, força, mas também pela falta de constância. Aprendemos a esconder tudo aquilo que nos tira da zona de conforto. Sabemos que nem tudo que é necessário fazer será confortável, mas é possível encontrar paixão na ordem dos nossos dias.

O fato de nos arrastarmos para cumprir um simples compromisso revela que não enxergamos Deus na liturgia do ordinário. Isso possivelmente aponta para uma falta de consciência da Sua presença em todos os momentos, seja passando um simples café, organizando uma casa, ou levantando bem cedo para cumprir uma jornada de trabalho... Precisamos entregar tudo para Ele. Todos os nossos momentos e afazeres. Devemos ser seres integrais.

Hoje em dia existe um professor em cada "esquina da internet" te ensinando a viver, investir e ter um emocional inabalável.

Não podemos nos tornar inúteis fazedores de coisas. Muitas das vezes nos apegamos a métodos prontos que aprendemos e nos esquecemos que o principal é nos tornarmos parecidos com Jesus e não apenas fazer coisas para Ele.

Ele nos deu esperança entregando a Sua vida. Precisamos ter a consciência de que nossa vida é totalmente Dele.


A beleza da ordem em nossos dias:


Se aprendermos a caçar Deus em tudo desde o momento que acordamos, nas tarefas mais comuns, mesmo aquelas que achamos que Ele não se importaria em nos ver cumprir; se o procurarmos naquela pequena coisa, nós O encontraremos e teremos um bom motivo para permanecer, até que aquilo se torne um hábito.

Nós fazemos muito o tempo todo e quando estamos cansados, aprendemos que renovamos as nossas forças nEle. Isso é uma verdade bíblica incontestável, mas queremos encontrá-Lo num ambiente desorganizado, sem zelo às vezes. Agora não se trata apenas de encontrar prazer no que fazemos, mas sim, a honra devida a quem entregamos.

É irônico tentar conciliar constância e adoração na ausência de ordem.

Cumprir uma tarefa não pode ter a finalidade de um "check" satisfatório no final da lista. Talvez, muitos de nós não consigamos ser constantes porque o real desejo do coração é receber aplausos pelo que fazemos e o ordinário é um lugar de solitude. Não há mais ninguém além de você, suas tarefas e Ele. Tendo em vista que viver é adoração, pois foi para isso que fomos criados.

Um sentimento sutil, aparentemente lícito, que te ludibria com ar de "você merece". Nós somos bons quando se trata de maquiar sentimentos e intenções erradas, mas quando não se tem êxito no elogio/aplausos, a frustração vem e logo se perde o desejo de permanecer. Quem adora não precisa de retorno pois o foco está em Quem adoramos. O retorno está em fazer o que nascemos para entregar, não existe plateia no ordinário, ele é comum, e essa é a sua beleza!

Viver uma vida de entrega e procura por Ele é trazê-Lo para perto. Uma vida que nos santifica.

A constância é exigente. Deus é merecedor da nossa organização; é possível encontrar prazer e devoção na liturgia do ordinário!

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