Acorda, menina, levanta...

Me lembro de quando eu era pequena, minha mãe nos acordava cedo para ir pra escola, sempre acompanhada de uma musiquinha infantil que ela fez para nos acordar, mais ou menos assim:

"Acorda, Karina, levanta,

pra comer pão, escovar os dentes,

pra ir para escola..."

E a musiquinha era acompanhada por cócegas, balançadas para acordar e beijos. Uma música que me lembrava que o dia chegou, junto com ele chegou a hora de levantar para a vida, é hora de aprender coisas novas e enfrentar algumas coisas velhas, mas antes mesmo de abrir os olhos em meio aquela bagunça que minha mãe fazia pra nos acordar, descobri que sou amada, mesmo que não tenha feito nada para ela me amar.

Nesses dias enquanto escrevia alguns textos, percebi o quanto a musiquinha infantil da minha mãe fazia sentido com o que eu vivo com o Senhor, apesar de hoje as responsabilidades serem maiores e as disciplinas serem outras e hoje o Senhor me acordar. De forma tão imensurável e intensa, o Seu amor é derramado sobre mim logo pela manhã!

Acordei. Na sonolência, sou mais sensível ao que está acontecendo em mim. Abro um dos meus olhos na tentativa de fazê-los se acostumarem com a luz do novo dia – Vi a luz da Sua graça logo de manhã.

Ainda na minha sonolência, brigo com o meu corpo para que acorde. Eu consigo escutar as batidas do meu coração – Sim, vi que a Sua Bondade continua a me perseguir. – Sinto o ar entrando e saindo dos meus pulmões, em um tempo que estão roubando até o ar que respiramos - vejo sua misericórdia sobre mim.

Lembro-me que é mais um novo dia, Ele continua a dizer aquela moça que ainda está acordando “essa é a minha filha amada em quem tenho prazer!” – Sim, o Teu amor ainda me constrange...

É como se Ele quisesse dizer logo de manhã: que nada que eu faça vai mudar os Seus pensamentos sobre a minha pessoa. Se estava com medo nessa manhã? Não me recordo e mesmo que estivesse o Seu Amor lança fora todo o medo.

Venci as minhas primeiras guerras do dia, venci as mentiras e a preguiça. Agora é hora de vencer as inconstâncias e as indisciplinas.

Vamos a rotina!