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A responsabilidade de guardar o coração

Uma coisa que eu aprendi no processo com o Senhor sobre a responsabilidade de guardar o meu coração é que temos duas formas de viver: como fugitivos ou como pessoas que governam.

A primeira forma é negando coisas que me causaram dores terríveis e não as enfrentar. E pior, acabar negando o que as outras pessoas viveram. Se tornando fugitivo de si mesmo, se colocando e colocando outras pessoas num ciclo sem fim.

A segunda forma é dar a devida atenção, sentindo cada uma das dores. E quando essas dores se vão, não negamos o que vivemos e também o que outras pessoas viveram, a ponto de entender que os sentimentos das outras pessoas são diferentes dos meus sentimentos e que não podemos responder pelos outros.

O resultado é inevitável ao escolhermos qualquer uma dessas formas de viver:

Quando escolhermos a primeira forma - as consequências de negar as coisas que afeta o nosso coração - negamos a responsabilidade de guardar o coração; deixamos de produzir o fruto do Espírito; não aprendemos a controlar o que sentimos e quando aparece alguém que tem o mesmo problema não sabe resolver e ainda nega o que aquela pessoa viveu falando que é drama. Acaba causando uma iniquidade geracional.

A iniquidade geracional é tudo aquilo que traz injustiça. O meu pastor explica ilustrando muito bem sobre esse assunto. Ele explica que é como a árvore, onde a iniquidade geracional é a raiz, o tronco é a transgressão e os frutos são o pecado. Quando cometemos uma iniquidade que não é cortada pela raiz, ela se torna geracional, aquilo que passa por gerações.

Se escolhermos a segunda forma, as consequências são que as dores que não são necessárias se tornam cicatrizes e conseguimos ver as coisas de forma esclarecedora. Automaticamente, nossos pensamentos e corações ficam mais sóbrios, ao ponto dos nossos comportamentos se tornarem justos.

A palavra “justo” vem da palavra Justiça. Diferente daqueles que andam praticando iniquidades, todos que conhecem a Verdadeira Justiça, quando se comportam como pessoas justas e andam no caminho da Justiça, trazem bênçãos geracionais que podemos comparar com árvores que dão bons frutos.

De qualquer forma, mesmo que queiramos viver só pra nossa vida, as consequências afetam as vidas de todos o que amamos, pois o Senhor nos fez para vivermos em coletivo, como seres coletivos que somos.

Acredito que nessa altura da conversa, você queira saber como ter uma vida justa e com bons frutos. Sinto lhe dizer que não é do dia pra noite e muito menos com a força dos nossos braços. Há um longo processo para percorrer, mas um caminho que te dará firmamento seguro.

Eu não posso te dar o meu processo e dizer que essa é a fórmula que dará certo pra você, mas posso te dar 3 passos para que você possa começar:

- Entenda que Jesus está aí com você nesse momento, tire um tempo pra Ele e aos poucos saberá que tipo de processo que Ele tem pra você e SE SUBMETA ao processo!

- Se arrependa das suas escolhas e coloque todas as suas dores diante de Jesus, Ele é o maior especialista em curar quem foi ferido e consertar o que não tinha mais jeito.

- Assuma a responsabilidade, guarde o seu coração, pois é dele que flui fonte de vida, se não fizermos a manutenção necessária não teremos uma vida justa diante de Deus.

Em Gênesis 1:28, depois de criar o ser humano, podemos ver que o Senhor libera ordens que podemos usar como bússola para guardar o nosso coração. Antes de falar das ordens que o Senhor nos dá, é muito importante ressaltar que o Senhor nos abençoou antes de qualquer coisa, pois isso Ele nos deu essa permissão especial para exercer as ordens que o Senhor libera diretamente para nós.

Agora vamos pegar as chaves das ordens que Senhor liberou para nós:

“Sejam férteis...”

Tem como ter um coração fértil de forma inapropriada? Não, pois o nosso coração é como um solo de um campo, se ele estiver bom e se for um solo apropriado para a plantação, ele dará frutos bons, caso ao contrário, o solo não será apropriado: não tem jeito! Se der frutos, não serão bons para o consumo.

“... multipliquem...”

Como já disse aqui, quando escolhermos a forma que queremos viver, acabamos trazendo consequências das nossas escolhas, seja iniquidade ou benção geracional. Mesmo que estejamos querendo viver só para Deus, ou para nós mesmos, sempre iremos multiplicar e de alguma forma iremos influenciar a outros, seja como for, com nossos comportamentos, com a forma que nós tratamos as outras pessoas e etc. Estamos sempre multiplicando, nós queiramos ou não!

“... governem a terra...”

Quando o Senhor nos deu essa ordem, temos a mania de pensar que Deus mandou governar o Planeta Terra e isso é uma verdade, mas não é só isso, se lermos a bíblia veremos que fomos formados do pó da terra, então, fazemos parte da terra, Ele também estava ordenando para que governássemos nosso coração, mente e corpo.

Muitos de nós tem o sonho de governar de alguma forma, mas não sabem gerenciar seus próprios sentimentos e pensamentos. E acham que irão conseguir fazer coisas grandiosas para o Senhor, mas Ele nem nos pediu isso! Uma coisa que escutei e é uma grande verdade: quando fazer coisas pequenas deixar de ser um desafio, os afazeres maiores virão e com facilidade conseguiremos fazê-los.

Em primeiro lugar, seja fiel no pouco, e vamos combinar que não tem nada de pouco em governar a nós mesmo.

“... dominem...”

Essa palavra fala sobre ter autoridade ou exercer o poder, sim, Deus nos deu a capacidade de exercer o poder (mesmo que nessa passagem fale de exercer domínio sobre todas as espécies de animais) sobre o que sentimos, pensamentos e sobre como nos comportamos também.

Tem algumas coisas muito importantes para pontuarmos. A primeira é que só o Senhor autoriza ou desautoriza alguém, não tem como ter autoridade em alguma coisa sem saber se submeter a uma autoridade e muito menos falar de algo que nunca viveu na pele. Para isso é necessário passar pelo processo que Ele tem para nós.

A segunda coisa relevante é que ter autoridade não é ser autoritário. Ao exercer domínio precisamos sempre lembrar de dar as mãos a sabedoria de Deus, o Senhor é o melhor em exercer autoridade, podemos aprender muito nas Suas Atitudes ao exercer autoridade e a bíblia nos mostra bem isso. Se paramos para pensar se estamos agindo como um ser autoritário, já é um sinal de que não temos autoridade.

O processo de guardar o coração é um caminho árduo e que traz recompensas inimagináveis. O nosso coração pode ser comparado ao uma casa com um jardim – a casa precisa sempre de manutenções e o jardim de alguém para preservar!

Numa casa a responsabilidade de plantar, regar, cultivar e cuidar do jardim é exclusivamente do jardineiro, ou daquele que sabe do que está fazendo, mas a responsabilidade de guardar e cuidar é exclusivamente do dono da casa que tem o jardim.

Essa responsabilidade de guardar e cuidar do coração é nossa. É claro que Ele alguma hora vai nos ensinar a preparar a terra (cultivar ou consagrar), plantar a semente, regar e arrancar o que não é bom para o solo, mas como já disse é um processo árduo e lento e que precisa de disciplina e o Senhor está disponível para aquele que está disposto a ter uma vida justa!

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